Ontem ao chegar em casa
vi um calendário dependurado na parede
daqueles que mostram o ano inteiro
espremendo o tempo em uma folha só
Ai, desassossego
Calendários me assustam
O que estarei fazendo no dia trinta de julho ?
E no dia quinze de setembro ?
Não sei, não sei, não sei
Oh, angústia
Queria arrancá-lo da parede
Mas foi minha mulher que o pôs lá
Foi arte dela, não iria lhe tirar este prazer
Fiquei imóvel observando os dias vindouros
preso no tempo
O tempo implacável
Demorei uma hora para entrar no banho
quinta-feira, 1 de abril de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
Esta poesia ganhei de presente
Esta poesia não feita por mim, mas para mim, pela minha maravilhosa esposa...Juliana Caymmi. Te amo...
Há em você uma delicadeza
uma beleza aristocrática e
como em um contraste,
uma simplicidade comovente.
Há em você tudo que gosto
inconstante e permanente
Sólido e líquido
Pensamento e coração.
Um abraço forte,
um caráter firme,
O samba te leva na avenida
e você vai sambando no chão
apesar de ter a mente valsando nas nuvens.
Rosa dos ventos
Brisa da Guanabara
Vinho na madrugada
Varanda por testemunha
Braços que me apertam
Beijo verdadeiro
Meu belo companheiro
nessa vida insana.
Paz que não sei explicar
Assim é você em mim
Somos eu, você e o mar aberto...
Agora e sempre, amar.
Pois que agora tenho par
Para dançar
Para dançar
Para dançar
Ju
Há em você uma delicadeza
uma beleza aristocrática e
como em um contraste,
uma simplicidade comovente.
Há em você tudo que gosto
inconstante e permanente
Sólido e líquido
Pensamento e coração.
Um abraço forte,
um caráter firme,
O samba te leva na avenida
e você vai sambando no chão
apesar de ter a mente valsando nas nuvens.
Rosa dos ventos
Brisa da Guanabara
Vinho na madrugada
Varanda por testemunha
Braços que me apertam
Beijo verdadeiro
Meu belo companheiro
nessa vida insana.
Paz que não sei explicar
Assim é você em mim
Somos eu, você e o mar aberto...
Agora e sempre, amar.
Pois que agora tenho par
Para dançar
Para dançar
Para dançar
Ju
sábado, 20 de março de 2010
Professor atira apagador em aluna
Gostaria de parabenizar o professor X, ainda não sei seu nome, por ter atirado um apagador na direção de uma aluna na Escola Cuba, na Ilha do Governador, infelizmente acertando-a. Por um lado penso : este ato em si nada ajuda na discussão dos variados problemas enfrentados pelos professores brasileiros, assim como também não contribui para a modificação da estrutura da educação brasileira. Contudo, não nego que me deu prazer. É isso mesmo, prazer ao ver o apagador sendo atirado por um ser humano que, como qualquer ser humano, pode perder a razão. Não queria acertar a aluna, defendeu-se X na delegacia diante da mãe e de sua patroa advogada. Compreendo meu caro X, compreendo. Sei que no limiar do seu inconsciente o desejo era atingir não a aluna mas o que te impede em exercer o seu trabalho. a indisciplina, estimulada por um modelo educacional vergonhoso formador de enciclopédias humanas e não seres sensíveis e pensantes, é um empecilho que dificulta nosso trabalho. Portanto, o caso do apagador voador foi extremamente prazeroso pois denota para mim que os professores também são seres humanos e por carregarem tal natureza, estão sujeitos a atos impensados. Não somos robôs.
Voa apagador, voa na direção não da aluna mas do modelo degradante
aprisionador de seres humanos em penitenciárias de pseudo-educação
Voa apagador, voa indicando o caminho do grande erro
Deturpador da nossa educação
onde alunos fingem aprender e professores fingem ensinar
Voa, apagador, voa e explode no peito da mentira, da insensatez, da vergonha
Voa, apagador, voa e atinge não a menina mas os burocratas da educação, os pedagogos e seus discursos teóricos distantes.
Prazer, prazer, prazer, o apagador voou e explodiu
foi ao encontro da vergonha
mas a sonsa, quando aparece, teima
sempre em se esconder
Jesus e Buda ensinavam nas montanhas
Voa apagador, voa na direção não da aluna mas do modelo degradante
aprisionador de seres humanos em penitenciárias de pseudo-educação
Voa apagador, voa indicando o caminho do grande erro
Deturpador da nossa educação
onde alunos fingem aprender e professores fingem ensinar
Voa, apagador, voa e explode no peito da mentira, da insensatez, da vergonha
Voa, apagador, voa e atinge não a menina mas os burocratas da educação, os pedagogos e seus discursos teóricos distantes.
Prazer, prazer, prazer, o apagador voou e explodiu
foi ao encontro da vergonha
mas a sonsa, quando aparece, teima
sempre em se esconder
Jesus e Buda ensinavam nas montanhas
sábado, 16 de janeiro de 2010
Minicontos > Cisterna
Deitei, inventei, troquei
e a bomba não funcionava
Chama o "cara" da CEDAE
Não, eu resolvo
Dormi, entrou água e
fui tragado para o escuro da cisterna
e a bomba não funcionava
Chama o "cara" da CEDAE
Não, eu resolvo
Dormi, entrou água e
fui tragado para o escuro da cisterna
Minicontos > Viagem
Fui viajar e demorei três horas para arrumar a procissão.
Estava tão cansado que nem conseguí entrar no carro
e minha família me esperando...
Deitei no sofá da varanda para descansar
e ganhei apenas uma lambida...do meu cachorro.
Estava tão cansado que nem conseguí entrar no carro
e minha família me esperando...
Deitei no sofá da varanda para descansar
e ganhei apenas uma lambida...do meu cachorro.
Minicontos > Que coisa
Onde deixei tal coisa ?
Que coisa ?
Fui alí rapidinho e me esqueci.
Tudo bem, mas que coisa ?
A coisa que eu estava procurando.
Tudo bem, cara, mas me fala que coisa ?
Ih, já até me esquecí da coisa.
Que coisa ?
Fui alí rapidinho e me esqueci.
Tudo bem, mas que coisa ?
A coisa que eu estava procurando.
Tudo bem, cara, mas me fala que coisa ?
Ih, já até me esquecí da coisa.
Minicontos > Liquidificador
Meu cérebro é um liquidificador de pensamentos
Tritura, mói e joga fora
Tritura, mói e joga fora
Você sabe me dizer o que é a verdade ?
Tritura, mói e joga fora
Tritura, mói e joga fora
Você sabe me dizer o que é a verdade ?
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