sexta-feira, 26 de março de 2010

Esta poesia ganhei de presente

Esta poesia não feita por mim, mas para mim, pela minha maravilhosa esposa...Juliana Caymmi. Te amo...

Há em você uma delicadeza
uma beleza aristocrática e
como em um contraste,
uma simplicidade comovente.
Há em você tudo que gosto
inconstante e permanente
Sólido e líquido
Pensamento e coração.
Um abraço forte,
um caráter firme,
O samba te leva na avenida
e você vai sambando no chão
apesar de ter a mente valsando nas nuvens.
Rosa dos ventos
Brisa da Guanabara
Vinho na madrugada
Varanda por testemunha
Braços que me apertam
Beijo verdadeiro
Meu belo companheiro
nessa vida insana.
Paz que não sei explicar
Assim é você em mim
Somos eu, você e o mar aberto...
Agora e sempre, amar.
Pois que agora tenho par
Para dançar
Para dançar
Para dançar

Ju

sábado, 20 de março de 2010

Professor atira apagador em aluna

Gostaria de parabenizar o professor X, ainda não sei seu nome, por ter atirado um apagador na direção de uma aluna na Escola Cuba, na Ilha do Governador, infelizmente acertando-a. Por um lado penso : este ato em si nada ajuda na discussão dos variados problemas enfrentados pelos professores brasileiros, assim como também não contribui para a modificação da estrutura da educação brasileira. Contudo, não nego que me deu prazer. É isso mesmo, prazer ao ver o apagador sendo atirado por um ser humano que, como qualquer ser humano, pode perder a razão. Não queria acertar a aluna, defendeu-se X na delegacia diante da mãe e de sua patroa advogada. Compreendo meu caro X, compreendo. Sei que no limiar do seu inconsciente o desejo era atingir não a aluna mas o que te impede em exercer o seu trabalho. a indisciplina, estimulada por um modelo educacional vergonhoso formador de enciclopédias humanas e não seres sensíveis e pensantes, é um empecilho que dificulta nosso trabalho. Portanto, o caso do apagador voador foi extremamente prazeroso pois denota para mim que os professores também são seres humanos e por carregarem tal natureza, estão sujeitos a atos impensados. Não somos robôs.

Voa apagador, voa na direção não da aluna mas do modelo degradante
aprisionador de seres humanos em penitenciárias de pseudo-educação
Voa apagador, voa indicando o caminho do grande erro
Deturpador da nossa educação
onde alunos fingem aprender e professores fingem ensinar
Voa, apagador, voa e explode no peito da mentira, da insensatez, da vergonha
Voa, apagador, voa e atinge não a menina mas os burocratas da educação, os pedagogos e seus discursos teóricos distantes.
Prazer, prazer, prazer, o apagador voou e explodiu
foi ao encontro da vergonha
mas a sonsa, quando aparece, teima
sempre em se esconder
Jesus e Buda ensinavam nas montanhas