segunda-feira, 6 de julho de 2009

Primeira lição de existência

Acordei hoje com consciência de finitude
Acho que é a primeira lição de existência
Assim é mais verdadeiro ser
essacoisapsicobiofísica chamada homem
Além da morte não há nada
deixarei de existir, pronto
Não terei mais ar, visão, audição, sabor
tampouco o toque de minhas mãos em meu rosto
se quiserem poderão até pintar minhas unhas de cinza
Serei apenas aquilo que fui
retornando à natureza
pela terra pelo fogo
Não escolhí nascer
fui condenado à liberdade
Posto isto o que me resta ?
Agir e escolher
Escolher e agir
Não necessariamente nessa ordem
Ah, mas isso o que importa ?

Um comentário:

  1. Crendo na finitude só resta mesmo agir e escolher, escolher e agir.Mas deve haver algo além disso, seria tão pequeno.Se tudo acabasse, para mim não seria libertador.Me sentiria um ser qualquer, desprovida de razão para ser e estar por aqui, me sentiria uma joaninha, uma rabanete, um abajour,uma conchinha enterrada na areia.( Sem desprezar a joaninha, o rabanete e o abajour).Talvez seja insano pensar de outro modo, mas conforta e me traz uma alegria infantil que desejo que permaneça,lutando arduamente e infinitamente contra toda lógica mundana.

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