sexta-feira, 18 de julho de 2008

Sangue, sangue, sangue...

Um absurdo total, um cataclismo sem fim o problema da violência no Rio de Janeiro. Ontem dois PMs foram assassinados (fuzilados) em meio à guerra urbana que vivemos. Logo na Zona Sul, na Lagoa, bairro nobre. É, não há lugar para acontecer massacres. O sangue não derrama somente em Belford Roxo, Turiaçu e recantos da Baixada. A bandidagem quer armas e elas estão por aí, de graça, é só pegar e matar, nas mãos dos despreparados policiais militares.

O que mais me chamou atenção foi a declaração do nosso querido governador Sergio Cabral Filho e sua política do fuzilamento. Ele estimula cada vez mais o combate, mas, por outro lado, não oferece condições para a Polícia Militar trabalhar de forma digna, com tecnologia, estratégia e, principalmente, preparação. É só ir as ruas que qualquer um presencia policiais trabalhando em regime blasé. Estão ali trabalhando, porém passam uma imagem de insegurança, tanto para eles próprios, que podem não voltar pra casa no final do dia, quanto para a população, presa fácil nas mãos dos corruptos que usam sua autoridade para achacar civis com o famoso “molhar a mão do guarda”.

Porém, esse caminho pelo qual ruma a política de segurança no nosso estado demonstra que, na verdade, ao fazer declarações visando o combate pelo combate como forma de resolver o problema do tráfico de drogas, o governo do estado demonstra que chegou ao estágio do “não sei mais o que fazer, esta é a única solução que posso oferecer”, visto que estratégia de combate às mazelas sociais, à corrupção dos políticos envolvidos com o tráfico, vereadores e deputados controlando milícias, enfim, tentar limpar a sujeira pela base, isto não é feito. Não que fosse a solução, longe de mim, mas creio que seria um começo.

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