Meu cérebro é um liquidificador de pensamentos
Tritura, mói e joga fora
Tritura, mói e joga fora
Você sabe me dizer o que é a verdade ?
sábado, 16 de janeiro de 2010
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Existência
Qual o sentido da existência ? Um privilégio e ao mesmo tempo um excesso. Em alguns dias é maravilhoso existir enquanto em outros dá vontade de nunca ter nascido. Dormir, acordar, comer, trabalhar, dormir, acordar, comer...e assim vai. Qual o sentido de existirmos nessa mesma e incessante sequência atordoante salpicada por momentos de alegria e prazer que se extende muitas vezes por mais de 80 anos ? Tenho 34 de idade, olho para trás e já sinto o peso de um passado (alegrias e tristezas) que carrego, será que viverei ainda mais 34 ? Além de 70 para mim seria desnecessário. Como conseguirei carregar tantas experiências, memórias, dúvidas, anseios e angústias por tanto tempo ? Por que não temos a opção de simplesmente apertarmos um botão de OFF e
pronto, acabar com tudo de forma indolor ? Poderíamos executar isto quando achássemos que está mais do que suficiente. "Está bom, chega. Pra mim já deu".
Cada um deve saber a medida certa de sua própria quilometragem assim como a hora de parar. Além disso ainda há a possibilidade da existência chegar ao fim sem o desejo de cada um, seja através da súbita morte ou de um lento fim numa cama de hospital embebido em morfina. Viver pode ser uma experiência maravilhosa mas ao mesmo tempo sacrificante e pela intensidade do desgaste corpo-mente, seria justo que houvesse pelo menos uma explicação mais satisfatória para tudo isso. Não a que o homem inventou (DEUS) para não ter que enfrentar a dor de saber que morreu=acabou, nem aquela a qual ele se submete para esquecer estas questões (CONSUMISMO), mas uma explicação conscienciosa que nos justificasse realmente porque existe TUDO ISSO. Creio que somente a flosofia, a psicanálise e o marxismo poderiam nos dar alguma base justificativa para isso tudo. Mergulhar nisto pode custar um preço alto mas ainda é melhor enxergar realmente o que há do que viver com uma venda nos olhos.
E segue a vida...
pronto, acabar com tudo de forma indolor ? Poderíamos executar isto quando achássemos que está mais do que suficiente. "Está bom, chega. Pra mim já deu".
Cada um deve saber a medida certa de sua própria quilometragem assim como a hora de parar. Além disso ainda há a possibilidade da existência chegar ao fim sem o desejo de cada um, seja através da súbita morte ou de um lento fim numa cama de hospital embebido em morfina. Viver pode ser uma experiência maravilhosa mas ao mesmo tempo sacrificante e pela intensidade do desgaste corpo-mente, seria justo que houvesse pelo menos uma explicação mais satisfatória para tudo isso. Não a que o homem inventou (DEUS) para não ter que enfrentar a dor de saber que morreu=acabou, nem aquela a qual ele se submete para esquecer estas questões (CONSUMISMO), mas uma explicação conscienciosa que nos justificasse realmente porque existe TUDO ISSO. Creio que somente a flosofia, a psicanálise e o marxismo poderiam nos dar alguma base justificativa para isso tudo. Mergulhar nisto pode custar um preço alto mas ainda é melhor enxergar realmente o que há do que viver com uma venda nos olhos.
E segue a vida...
domingo, 13 de dezembro de 2009
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Porta-retrato
Aprisionada na moldura
permanente sorriso
indiferente aos dias e humores tão instáveis
É você
de semblante puro, coração aberto
e uma pontinha de vaidade, claro
quem não tem ?
É você
no porta-retrato perto da janela
que aberta impõe o céu como fundo
deixando-a ainda mais bela, tela
Posso sofrer, me desesperar e fenecer
com as agruras da vida
o que não faria da minha morte
uma morte indigna
pois nada mais sensato que morrer na sala
aos pés do teu sorriso no porta-retrato
para Ju
permanente sorriso
indiferente aos dias e humores tão instáveis
É você
de semblante puro, coração aberto
e uma pontinha de vaidade, claro
quem não tem ?
É você
no porta-retrato perto da janela
que aberta impõe o céu como fundo
deixando-a ainda mais bela, tela
Posso sofrer, me desesperar e fenecer
com as agruras da vida
o que não faria da minha morte
uma morte indigna
pois nada mais sensato que morrer na sala
aos pés do teu sorriso no porta-retrato
para Ju
sábado, 10 de outubro de 2009
Vento
Vou te levar pra bem longe
A verdes sonhos descampados
Terras onde nem o horizonte
Há de ser avistado
Quando o vento nela sopra
Tudo
Tudo vira tornado
A verdes sonhos descampados
Terras onde nem o horizonte
Há de ser avistado
Quando o vento nela sopra
Tudo
Tudo vira tornado
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Carta a Moroi*
Vejo um menino chorando de bar em bar, tadinho, é a flor do amanhecer.
Quem provocou isto ?
Você, oh putrefação do mundo, horroroso cavalo peludo, bicho dos infernos
Tanta alegria poderia ter vivido caso não entrasse na minha vida e humilhado a doce Mirza
Rainha dos dentes brancos, da pele clara, morena-lisa...
Oh, pobrezinha, ficou tão triste...
Nada adiantou. Eu chorei mas você não parou de ofendê-la
Seu verme, agora está morto.
Por que fez isto com ela ? Logo a mais bela e fadada das donzelas, flor do amanhecer de cada dia, chorou...
Triste é vê-la na torre do castelo e não poder fazer nada. Lá está presa até hoje
Suas tranças não alcanço, sou fraco para escaladas.
Ah, minha querida monalisa hoje com cabelos grisalhos, tanto tempo presa nessa torre e eu só faço observar seu passo em falso.
Me resigno e choro sozinho sentado na pedra, minhas lágrimas escorrem e formam um rio de sol carregando meus desejos que ela fosse feliz.
Arregalo os olhos para ver se ele está morto, preciso ter certeza
Que pena, o cenário onde será enterrado é tão lindo, cercado de montanhas verdejantes
Pois você não merecia mais que um buraco de terra no deserto
Agora vai ao poço dos infernos, diabólico mordaz enganador
Satisfaça-se de todo o mal provocado à Mirza, minha doce ingênua dama provedora de luz.
A cada ruga em seu rosto haverão mil demônios a te castigar, traidor insolente de espada na mão
Agora será devorado pelas baratas que apagarão da existência as tuas sobras
Você foi a sombra do meu desejo de destruição, fiquei sombrio a ponto de andar atrás de ti
Por sorte me libertei mas Mirza não
No cemitério jogarei terra sobre sua sepultura e ficarei de olhos atentos para ver o quanto de chão estará sobre você
Agora não voltará mais a assustar nossa gente, impor amor a Mirza seduzindo-a com sexo, dinheiro e comida.
Uma pena pois seria a grande oportunidade de te matar
Você não dizia que esta terra era de azeitonas e palmeiras mortas ?
Pois bem, os tupinambás estarão a tua espera com o garfo na mão. Esta terra te devorará.
Fez muito mal à Mirza e o perdão por ti clamado era vidro e se quebrou
Saiu sangue do teu corpo, não é, demônio ? E como um demônio possui tanto sangue ?
Saia daqui agora, suma da minha frente
Vá para o chão envenenado de pepinos esquecidos
Doce ser do veneno, seduzia pela honra rebaixando o que havia de mais doloroso em nós
Pobre Mirza, pagou seu enterro e até neste momento não se desfez de ti
Depois de três anos irão desenterrar seu caixão e queimar teus restos
Pobres coveiros, trabalho perdido pois não haverá nada
Os vermes hão de fazer o baile
Vergonhoso final para o senhor das redondezas morto no espeto de churrasco.
Pedra, lápide ? Tu não mereces.
Que esta terra te cubra para sempre
Não volte a nos atormentar nunca mais.
*vampiros mortais que se alimentam de humanos sem matá-los (mitologia romena)
Quem provocou isto ?
Você, oh putrefação do mundo, horroroso cavalo peludo, bicho dos infernos
Tanta alegria poderia ter vivido caso não entrasse na minha vida e humilhado a doce Mirza
Rainha dos dentes brancos, da pele clara, morena-lisa...
Oh, pobrezinha, ficou tão triste...
Nada adiantou. Eu chorei mas você não parou de ofendê-la
Seu verme, agora está morto.
Por que fez isto com ela ? Logo a mais bela e fadada das donzelas, flor do amanhecer de cada dia, chorou...
Triste é vê-la na torre do castelo e não poder fazer nada. Lá está presa até hoje
Suas tranças não alcanço, sou fraco para escaladas.
Ah, minha querida monalisa hoje com cabelos grisalhos, tanto tempo presa nessa torre e eu só faço observar seu passo em falso.
Me resigno e choro sozinho sentado na pedra, minhas lágrimas escorrem e formam um rio de sol carregando meus desejos que ela fosse feliz.
Arregalo os olhos para ver se ele está morto, preciso ter certeza
Que pena, o cenário onde será enterrado é tão lindo, cercado de montanhas verdejantes
Pois você não merecia mais que um buraco de terra no deserto
Agora vai ao poço dos infernos, diabólico mordaz enganador
Satisfaça-se de todo o mal provocado à Mirza, minha doce ingênua dama provedora de luz.
A cada ruga em seu rosto haverão mil demônios a te castigar, traidor insolente de espada na mão
Agora será devorado pelas baratas que apagarão da existência as tuas sobras
Você foi a sombra do meu desejo de destruição, fiquei sombrio a ponto de andar atrás de ti
Por sorte me libertei mas Mirza não
No cemitério jogarei terra sobre sua sepultura e ficarei de olhos atentos para ver o quanto de chão estará sobre você
Agora não voltará mais a assustar nossa gente, impor amor a Mirza seduzindo-a com sexo, dinheiro e comida.
Uma pena pois seria a grande oportunidade de te matar
Você não dizia que esta terra era de azeitonas e palmeiras mortas ?
Pois bem, os tupinambás estarão a tua espera com o garfo na mão. Esta terra te devorará.
Fez muito mal à Mirza e o perdão por ti clamado era vidro e se quebrou
Saiu sangue do teu corpo, não é, demônio ? E como um demônio possui tanto sangue ?
Saia daqui agora, suma da minha frente
Vá para o chão envenenado de pepinos esquecidos
Doce ser do veneno, seduzia pela honra rebaixando o que havia de mais doloroso em nós
Pobre Mirza, pagou seu enterro e até neste momento não se desfez de ti
Depois de três anos irão desenterrar seu caixão e queimar teus restos
Pobres coveiros, trabalho perdido pois não haverá nada
Os vermes hão de fazer o baile
Vergonhoso final para o senhor das redondezas morto no espeto de churrasco.
Pedra, lápide ? Tu não mereces.
Que esta terra te cubra para sempre
Não volte a nos atormentar nunca mais.
*vampiros mortais que se alimentam de humanos sem matá-los (mitologia romena)
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Devaneios
Fragmentos de pensamentos invadem minha mente
Já corroída por desejos e frustrações inacabados
Essa luz intensa dos dias de sol me cega
Me faz perder a direção
Saio apenas por livre e espontânea necessidade
me omitindo para o mundo
Sei, estou sendo vulgar comigo mesmo
Sendo algo que não sou
Mas só assim estou
Não sou isso
Não me tornei este ser invisível e patético
ainda sou um homem de alicerces
Sei desencavar minhas memórias
mesmo que para isso viva pouco o presente
Preciso me encontrar em algum ponto do mundo
Ao menos saber que um dia possa vir a ter um minuto de paz
Minha alma não se ilude com pouca ou tanta coisa
Ela é rainha do vento, fécula do amanhecer
cândida fronteira entre o exato e a instabilidade
O fora e o dentro não se conectam em mim
Convivo em dois universos
Sintetizando as tristezas e angústias de ambos
Mente livre é sinônimo de incertezas
E paga-se um preço por isso
O mais ruim é estar só no meio de si mesmo
se percebendo varrido por furacões de devaneios
Olhar o outro estável e se sentir um peão girando
Vivendo apenas o que sei, o que posso e o que tenho
nesta maldita e silenciosa opressão devoradora
Já corroída por desejos e frustrações inacabados
Essa luz intensa dos dias de sol me cega
Me faz perder a direção
Saio apenas por livre e espontânea necessidade
me omitindo para o mundo
Sei, estou sendo vulgar comigo mesmo
Sendo algo que não sou
Mas só assim estou
Não sou isso
Não me tornei este ser invisível e patético
ainda sou um homem de alicerces
Sei desencavar minhas memórias
mesmo que para isso viva pouco o presente
Preciso me encontrar em algum ponto do mundo
Ao menos saber que um dia possa vir a ter um minuto de paz
Minha alma não se ilude com pouca ou tanta coisa
Ela é rainha do vento, fécula do amanhecer
cândida fronteira entre o exato e a instabilidade
O fora e o dentro não se conectam em mim
Convivo em dois universos
Sintetizando as tristezas e angústias de ambos
Mente livre é sinônimo de incertezas
E paga-se um preço por isso
O mais ruim é estar só no meio de si mesmo
se percebendo varrido por furacões de devaneios
Olhar o outro estável e se sentir um peão girando
Vivendo apenas o que sei, o que posso e o que tenho
nesta maldita e silenciosa opressão devoradora
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