sábado, 11 de abril de 2009

Meus balões

Sete da manhã
Acordo com salvas de fogos
Alertam para um dia de venturas
Domingo de Junho
Na varanda uma brisa esperança
Árvores de verde verdade tocadas por raios de sol
Prédios em concreto amoleciam as estruturas
A rua sem saída era fronteira do mundo

O céu claro azul salpicado por balões
Alavancava em mim desejos de voar como eles
Por trajetórias curtas e intensas
Tal qual o fogo das buchas a queimar

Ao olhar com o binóculo do meu avô
Avistava o mundo dos sonhos
Os via com detalhes
Carregavam imagens sacras coladas no firmamento
Obras de arte dos subúrbios

Hoje do mesmo lugar não há mais binóculos
Nem mesmo a sabedoria do meu avô
O azul insiste em ser azul porém a brisa agora é fria
Tanto céu para um só balão
Balão despertador a me alertar de tanta vida ainda por vir
Mas tão pouco sonho a se viver

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