quinta-feira, 23 de abril de 2009

Feriados

As pessoas e seus apartamentos sem barulhos
Da minha janela olho pra longe
e entre prédios contemplo um comovente silêncio
Todos dormem ?
Se não estão em paz com seus filhos
Almas apaziguadas
sem a loucura dos dias comuns
Os carros não passando
deixam um rastro de puro sossego
No ar o canto livre e fulgente dos pássaros
preenche calçadas vazias de homens
A luz do sol nesses dias é mais bela
O céu, mais azul
Queria mais tarde
morar em lugar distante dos ruídos urbanos
Só pra acordar
e sentir como se todo dia fosse de paz
doce imobilidade do mundo

Em feriados
me agride o dia acontecer lá fora
quando capitães põem gente pra trabalhar

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