domingo, 25 de maio de 2008

Bye-bye, Brasil. Oi, tamancada...




Bye-bye, Brasil.




Vi este filme há um tempo atrás numa dessas noites em que Carol dormiu mais cedo e foi véspera de folga. Dias raros mas mais raro ainda foi encontrar algo interessante para se ver na televisão. A mesmice de sempre, a chatice do cotidiano, a roda-viva da mesmice.




Mas vi Bye-bye, Brasil, do Cacá Diegues. Eta filme que bateu com as expectativas, sô.




Eu lia sobre ele nos anexos de um livro de geografia que usei em sala de aula. Ele estava indicado para passar para os alunos no final do capítulo sobre modernização brasileira. Realmente, não estava lá à toa.




Os personagens se perdem no emaranhado do tempo que passa rápido e dos espaços que mudam constantemente, com o rítmo do filme, que na verdade é o ritmo do Brasil (pós)moderno. Fragmentado e com poucas esperanças de melhorias sociais.




É um adeus esse filme. Um adeus às esperanças (renovadas antes do primeiro mandato de Lula para logo depois serem fossilizadas). Um adeus ao Brasil que se foi e não será nunca mais o que se sonhava ser.




Tenho limitações pois anos de televisão emburrecida me deixou burru, muito burro demais.




O tempo agora corre rápido e as folhas das árvores ficam a nos olhar, perguntando umas às outras > Cadê o meu canivete que não vem mais...Agora é moto-serra. Nem dá tempo dela respirar.




O circo pegou fogo. Acuda. Acuda. As maquilagens de Bety Faria não são mais as mesmas. Agora é tudo de metal. Nada contra o metal. Adoro. Mas que seja metal tupiafrotransnacional.




Cadeia, cadeia, cadeia. Estamos presos no quarto da ilusão. No corra pra comprar a porra do móvel da sala de jantar.




Celulares são como mãos que falam.




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