terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Niterói, 6 de dezembro de 2011

As vezes  penso que não há um chão debaixo de mim, minto setenta  e sete vezes pra mim mesmo, é muita pretensão se achar especial. Sou apenas um grãozinho no deserto do Saara, o suor escorre pelo meu corpo, suo loucamente e incansavelmente as palavras da novela não param de entrar pelos meus ouvidos. Sou um refém da existência pois não pedi para nascer, tomo uma xícara de café torcendo para que nela exista uma resposta. Minha família, meus filhos, tudo faz sentido mas dentro dessa vida é como se eu estivesse sacudido por mil tornados. As palavras são iguais ao suor, escorrem pela alma ao invés da pele, derretem na minha pretensão de escrever alguma coisa.

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