Em casa ouço trovões
O tempo me surpreende, eu gosto
Da varanda avistei tempestade
Lentamente chegando
Cheiro de terra no ar
Estrondo gigante arrebata meu corpo pra fora de casa
Sinto o frescor da baia nos degraus da Guanabara
Persista, sou alma destemida criada pro mundo
Sorrio o tanto que já chorei
Enlevo meu corpo suado em pingos d’água
Tristezas escorrem pelo chão
Cansei
Quantas vezes tive que calar pra não ser aviltada ?
Hoje sou apenas eu
No canto liberto minha verdade sem freios
Retiro palavras da alma, as jogo pra cima
Encontro o verbo sonhar
De vestido rodado
Pé descompassado
Meio embriagado
Ele me convida
Pra dançar a vida
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