Acabei de assistir um filme...no Canal Brasil. Um filme que estava afim de ver há muito tempo. Já tinha começado a assistir uma vez, já tinha lido sobre ele mas nunca tinha tido a oportunidade de parar com calma pra ver.
O Bandido da Luz Vermelha. Esse filme me vez lembrar automaticamente de várias coisas. Olha, ele é de 1968. Putz, caramba !!! Como é que um filme do final dos anos 60 pode ser tão atual ? Ou será que é o tempo que não caminhou ?
Me lembrei das várias ditaduras vividas hoje em dia, principalmente a do “politicamente correto”, que detesto. O filme é o inverso disso. Ele agride, ele transgride na imagem, nos recortes, no ritmo, nos diálogos. Ele é sarcástico, questionador...
Quando eu vejo algo assim, imerso em que estou nessa pasmaceira da velocidade, do colorido e das imagens bonitinhas, principalmente na TV, fico estarrecido de euforia, de encanto. Poxa, é o inverso quase que todo o inverso do que a gente vê por aí. A televisão e as propagandas que transformam o sanduíche pequeno em comida colorida, vistosa e suculenta.
O Bandido da Luz Vermelha. Esse filme me vez lembrar automaticamente de várias coisas. Olha, ele é de 1968. Putz, caramba !!! Como é que um filme do final dos anos 60 pode ser tão atual ? Ou será que é o tempo que não caminhou ?
Me lembrei das várias ditaduras vividas hoje em dia, principalmente a do “politicamente correto”, que detesto. O filme é o inverso disso. Ele agride, ele transgride na imagem, nos recortes, no ritmo, nos diálogos. Ele é sarcástico, questionador...
Quando eu vejo algo assim, imerso em que estou nessa pasmaceira da velocidade, do colorido e das imagens bonitinhas, principalmente na TV, fico estarrecido de euforia, de encanto. Poxa, é o inverso quase que todo o inverso do que a gente vê por aí. A televisão e as propagandas que transformam o sanduíche pequeno em comida colorida, vistosa e suculenta.
Mas o politicamente correto...caramba, como é bom ver algo politicamente incorreto na TV. É uma aberração tão grande que até ouvi o barulho de uma onda vindo em direção a minha casa. Parecia que o mar da Praia do Chiclete tinha se transformado em tsunami.
Vivemos um ditadura hoje, assim como no período em que se passa o filme, só que hoje é a ditadura do faça tudo bonitinho, certinho, ande arrumadinho, com o cabelo limpinho e seja bonzinho. Até o bossal dos mais bossais percebe que se propaga uma imagem, um modelo de comportamento mas na verdade o que acontece nos círculos do poder, no submundo da hipocrisia, é justamente o contrário. É sujo, é tosco, é podre. E assim é o Bandido da Luz Vermelha. O herói de uma sociedade sem cura, sem destino, onde o sangue que jorra das suas vítimas soa como um clamor de misericórdia. Hei, alguém !!! Olhai por nós !!! A gota do sangue de suas vítimas cai em cima da nossa incapacidade de agir, atônitos, neuróticos e paralisados pelas luzes que estamos.
Esse filme deveria passar em cada praça, cada esquina, cada rua do Brasil. Esse filme é pra gente se ver. Somos carne e sangue. Somos produto de uma neurose metropolitana pós-alguma coisa recortada e desprovida de profundidade e amor. O mundo está assim e já estava assim há 30 anos atrás. Então, quando eu nasci já havia tudo isso e o que a gente tem hoje é aquele tudo isso com revestimento de tecnologia, informação e sofisticação.
Vivemos um ditadura hoje, assim como no período em que se passa o filme, só que hoje é a ditadura do faça tudo bonitinho, certinho, ande arrumadinho, com o cabelo limpinho e seja bonzinho. Até o bossal dos mais bossais percebe que se propaga uma imagem, um modelo de comportamento mas na verdade o que acontece nos círculos do poder, no submundo da hipocrisia, é justamente o contrário. É sujo, é tosco, é podre. E assim é o Bandido da Luz Vermelha. O herói de uma sociedade sem cura, sem destino, onde o sangue que jorra das suas vítimas soa como um clamor de misericórdia. Hei, alguém !!! Olhai por nós !!! A gota do sangue de suas vítimas cai em cima da nossa incapacidade de agir, atônitos, neuróticos e paralisados pelas luzes que estamos.
Esse filme deveria passar em cada praça, cada esquina, cada rua do Brasil. Esse filme é pra gente se ver. Somos carne e sangue. Somos produto de uma neurose metropolitana pós-alguma coisa recortada e desprovida de profundidade e amor. O mundo está assim e já estava assim há 30 anos atrás. Então, quando eu nasci já havia tudo isso e o que a gente tem hoje é aquele tudo isso com revestimento de tecnologia, informação e sofisticação.
É isso, o amor. Encontramos no não-amor desse filme a esperança da redenção dos nossos pecados.
Saravá.
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